Semana retrasada lançamos o site Enciclopédia Visual dedicado à obra de Wlademir Dias-Pino, e neste espaço se encontra a sua produção em poesia, design, ilustrações e textos teóricos escritos por ele e por críticos de sua obra.
Assim como o site Poema Processo a realização é do grupo PLACE coordenado por Rogério Camara. O trabalho obteve apoio do CNPq e contou com a participação de Hugo Cristo, Priscilla Martins, Lívia Rimolo e Ivan Cosenza.
poesia visual
25
Jan 10
Wlademir Dias-Pino: enciclopédia visual
21
Dec 09
Poema Processo
Está no ar o site Poema Processo realizado pelo grupo PLACE coordenado por Rogério Camara e com apoio do CNPq. Participaram do projeto Hugo Cristo, Priscilla Martins, Lívia Rimolo e Ivan Cosenza. Contamos com o acervo e toda atenção dos poetas Wlademir Dias-Pino, Neide de Sá e Regina Pouchain.
Site visa divulgar o movimento de mesmo nome, ocorrido na poesia de vanguarda brasileira, inaugurado, formalmente, em dezembro de 1967 e encerrado com o Manifesto de Parada Tática em 1972.
Liderado pelos poetas Álvaro de Sá, Neide Sá, Moacy Cirne e Wlademir Dias-Pino, o movimento pretendia-se inovador ao propor um desmonte nas formas estabelecidas de criação de um poema. Aderiram ao grupo poetas de todo o país e publicou-se de maneira mais expressiva nos estados do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Norte.
23
May 09
Cartografia V – Transsibérien
Blaise Cendrars e Sonia Delaunay, 1913
Em 1913 Blaise Cendrars publicou “La prose du Transsibérien et de la petite Jehanne de France”, que ficou também conhecido como “Le premier livre simultané”. Transsibérien se refere à estrada de ferro inaugurada em 1905 ligando a Rússia Ocidental ao Pacífico e, de certo modo, alude a todas as estradas que estavam sendo construídas pelo mundo estreitando os espaços, permitindo viajar em velocidade “meteórica”.
A obra é impressa numa única folha de papel de mais de dois metros dobrável. A reunião de todos os 150 exemplares atingiria a altura da Torre Eiffel. O trabalho teve a colaboração da pintora Sonia Delaunay, o que foi assim creditado – “cores simultâneas de Mme Delaunay-Terk”. Um conjunto de massas de cores puras, saturadas, intensas como a vida na era da eletricidade. Vibrações, dinamismos, distorções do espaço e do tempo. Um poema de viagem, mas que desfoca o trajeto, costurando outros tempos e espaços.
Simultâneos, também, a cor e o texto – verbovisual. A lógica plena da palavra em linhas que flutuam e se perdem entre a luz. Como quando se fixa o olhar nas chamas do fogo. Assim Cendrars descreve seu poema “(…) uma experiência única em simultaneidade, escrita em cores contrastantes a fim de levar o olho a ler de um só golpe de vista o conjunto do poema”
01
Nov 08
Contrapoemas e Anfipoemas
Termina neste fim de semana (Oi Futuro – Rio) a exposição “Contrapoemas e Anfipoemas” de Regina Pouchain e Wlademir Dias-Pino. São três mil Contrapoemas e dois mil Anfipoemas, estes associados a duas mil frases com os termos luz e cor.
Apesar da abundância de poemas, atrevo-me a pensar num único poema exposto (ou quando muito dois – o anfipoema e o contrapoema), que se desdobra ao infinito a partir de um processo de compressão e descompressão da forma.
O trabalho nos coloca diante da mais alta expressão da unidade numa infinitude de variáveis. Mas uma totalidade e unidade que, ao contrário das diretrizes modernistas, fogem ao vocabulário do poder. Ou seja, foge a idéia de colocar tudo num sistema totalizante (o que, aliás, define a sempre reverenciada obra de Mallarmé). É, ao contrário, um trabalho de textura, fragmentário, vertiginoso que nos impõe explorar a superfície, numa ação topográfica, muito mais do que uma visão estrutural.
Confiram!
27
Sep 08
OBRANOME II
Termina neste fim de semana em Brasília (dia 28 de setembro) a exposição de poesia visual OBRANOME II idealizada por Wagner Barja. A exposição é um desdobramento da exposição OBRANOME ocorrida em 2003 na Caixa Cultural de Brasília. Já esta segunda edição integra a I Bienal Internacional de Poesia de Brasília que ocorreu entre 3 e 7 de setembro também em Brasília e que homenageou o poeta visual e gráfico Wlademir Dias-Pino.
Em OBRANOME Barja nos propõe uma espécie de coletivo que agrega poetas, artistas, críticos, jornalistas, músicos, designers, etc. Tive a felicidade de participar desta segunda edição com um texto sobre o evento e integrando um debate que contou com todos os artistas. A exposição é imperdível e acontece no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República de 9h00 às 18h30.